sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SUPERAÇÃO


frutos da videira em minha casa

Como acontece sempre a vida vai voltando ao normal na Baixada Fluminense, as pessoas afetadas pelas chuvas, vão aos poucos terminando a dura tarefa de limpar as casas e quintais e organizar o que sobrou. Sobrou muito pouco do quase nada que tinham... Ficou a Fé!

Ficou também uma tristeza e a certeza de que mais uma vez estão sozinhos, abandonados, excluídos pelo poder egoísta, dos governos municipais, que nunca trabalharam a questão preventiva. Profilática e educativa, transformadora e libertadora... Quantos recursos são empregados em ações emergenciais, que somente reestabelecem o cenário, ao formato que estava quando aconteceram os sinistros? Quanto custa para planejar, reassentar, demolir, recuperar as faixas marginais de proteção destes rios que hoje matam? Qual é a culpa dos rios? das águas? das chuvas?

São responsáveis por toda tragédia, os governos que não elaboram os planos de enfrentamento das cheias, planos de contingência a desastres, planos de emergências, planos de restauração da Mata Atlântica, Plano Municipal de Saneamento, entre outros projetos possíveis que organizarão as cidades para o enfrentamento das cheias, naturalmente anunciadas, neste períodos chuvosos, em uma região de baixada de alagamento, que é a Baixada Fluminense.

Como o fruto da videira, pode ser transformado em vinagre ou em champagne, precisamos aprender e praticar, que as faixas marginais são áreas de alagamento dos rios em épocas de cheias, que nao podem ser ocupadas, que a mata ciliar tem um papel importante para as cidades e para a ecologia, que nao dá para lutar contra esta força poderosa que é a natureza...

Utilizar estes episódios como lição e enfrentar o problema de verdade. Mudar a lógica! Quebrar o paradigma... Transformar as cidades...

Com toda a tecnologia disponível, com todas estas experiência acumulada, o minimo que podemos exigir é que nao lutemos contra a lei da natureza, que não percamos mais vidas... Que não tratemos as pessoas com descaso.... Que sejamos responsáveis ou responsabilizados.


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