A RFFSA cantada em prosa e verssos por Kleiton & Kledir, em sua bela canção Maria Fumaça, foi recomendada pelo BNDES ser "desestatizada" para gerar receitas positivas e melhorar os serviços aos usuários. Privatizada em 1998 deveria ter passado por melhorias significativas e contribuído para a melhoria da qualidade de vida de muitos cariocas. O que aconteceu é que o bilhete aumentou significativamente e o serviço inexplicavelmente piorou. Hoje de propriedade da ODEBRECHT, esta potência de captação de recursos públicos e de financiamentos de campanhas, deveria há muitos anos, transformar a SUPERVIA em metrô de superfície, com novas composições e conceitos de atendimento ao usuário. Contrariando esta lógica, o metro carioca chegará a abastada Barra da Tijuca, que também terá a Transcarioca (será que eles são mais cariocas que os outros?) que ligará a praia ao AIRJ com dinheiro do Estado. Será que o Estado do Rio de Janeiro está concentrado na barra e zona sul do Rio? Inexplicavelmente o Governo do Estado não implantou a linha 3, que levaria o metro a São Gonçalo e investe muitos bilhões para levar a linha 4 até a Barra. Para Japeri, Santa Cruz e Belford Roxo não há investimentos no setor. Está esta população abandonada e desassistida pelo poder público. Transformar os trens da Supervia em Metrô de superfície é urgente, requer muito menos recursos e trará dignidade a uma massa de trabalhadores que sofre, adoece, perde emprego, e gasta seu salário, diariamente com a péssima qualidade dos transportes públicos da região.
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