domingo, 20 de fevereiro de 2011

Estive ontem no auditório da FIRJAN, em Nova Iguaçu, para o encontro sobre o Plano Diretor do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro e pude constatar que alguns setores ainda tocam as políticas públicas como na era dos governos militares, ou seja, planejam e executam como se a verdade fosse construída por um único ponto de vista.
As apresentações, todas elas, falaram das grandes transformações no cenário da Região Sudeste, das possibilidades de redução dos custos e aumento dos lucros.
Com sinalizações georeferenciadas de ordenamento dos territórios municipais como condomínios industriais, áreas de expansão urbana, entre outras.
O que me deixou preocupado foi o fato de o Programa de Comunicação e Responsabilidade Social e o Programa de Educação Ambiental não ter sido citado como subsídio para a construção do Plano Diretor do Arco Metropolitano. Como pode se pensar em ordenar um território se não são consideradas as pessoas que ali habitam, vivem e constroem no cotidiano a sua história?
Estamos ansiosos para passarmos encima do Arco Metropolitano enquanto o Arco Metropolitano passa por cima de centenas de pessoas.
Não identifiquei nas apresentações nenhuma estratégia que integrasse a vida daquelas pessoas, das escolas, das unidades de produção agrícola, ou seja, o mínimo da vida daquelas pessoas ao Arco Metropolitano.
Me assusta ainda a demanda induzida de 61 vezes o tamanho do parque indústrial de Queimados, usado como referência de escala, isso quer dizer o tanto de vezes que os resíduos serão lançados sabe se lá onde...
Isto dito porque ao sobrevoarmos o Rio Guandú é perceptível visualmente a carga de esgoto industrial que é lançada, poluindo suas águas, águas estas que a Companhia de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro despolui para que a população possa matar sua sede...
Precisamos atentar para que o Progresso não destrua o nosso futuro.
O Cluve Iguaçuano de Ambientalista vai questionar por que os programas sociais, exigências dos processos de licenciamentos não estão subsidiando o Plano Diretor do Arco Metropolitando do RIo de Janeiro.
A empresa contratada a CONCREMAT subempreitou o serviço para SKILL Engenharia, que se não está sendo citada no PD, devemos pedir publicidade aos resultados dos programas executados.
Em 2010 a Comissão de Meio Ambiente da CMNI realizou uma visita técnica em parceria com o CIAm e pode constatar inúmeras irregularidades no cumprimento das condicionantes da licença de instalação (LI) e na execução do Plano Básico Ambiental (PBA), em face disto convocou uma audiência pública e convidou a todos os envolvidos a buscar caminhos de sustentabilidade para os moradores da AID, o empreendimento e o ecossistema local. Nenhum representante legal esteve presente, o consórcio executor foi impedido de falar sobre o tema e perdemos uma grande oportunidade de construir um jeito novo de caminhar. Um jeito que as pessoas tenham relevância nos processos e contribua para o resultado final.
Estamos nos esforçando para contribuir para a construção de um mundo mais justo e equilibrado, que permita a vida e o progresso e que as pessoas participem dos processos.

Sugerimos um Plano Diretor efetivamente Participativo, onde a vida possa ser respeitada e o futuro decidido com uma multiplicidade de olhares que nos permita cada vez mais, errar menos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

DESAFIOS


Os detalhes fazem a vida

Na vida quando aceitamos novos desafios, sob quaisquer pespectiva, aceitamos com o objetivo de superá-los, mais que isso, surpreender. Os desafios nos motivam a seguir produzindo, transformando e se transformando, contribuindo para a construção de um mundo mais justo.

Ao encarar os desafios percebemos coisas que não visualizamos de fora, como funcionam, como respondem, como recebem e etc. Perceber esta mudança de ponto de vista, é muito importante para o sucesso do trabalho. Perceber como e quando alterar o planejamento, a metodologia, enfim, corrigir o plano de ação.

Este exercício torna o trabalho um verdadeiro aprendizado, onde a cada etapa, adquirimos conhecimentos para a superação das próximas vindouras. Isto é muito parecido com a vida, acertamos mais, para nós mesmos, quando atentamos aos detalhes, os pequenos, os inimagináveis, os visuais... fazendo do nosso dia um excelente exercício de felicidade.

A vida é um grande desafio e são os detalhes que nos tornam mais ou menos felizes. Enfrento os desafios como quem precisa aprender a desvendá-los, transformá-los em algo simples, de beleza terna e de alegria intensa. De forma que no final não pareça mais um desafio e simplemente a vida.

Bela e doce vida.